O marasmo da felicidade
O que eu vou dizer não tem nenhum fundamento científico. Parte da minha especulação e é por isso puro senso comum. E a minha representação de problema alcançada da minha experiência.
Entendo por problema uma situação que me obriga a uma escolha. Há situações que não me oferecem dúvidas mas outras há que me deixam vacilante por desconhecer até que ponto a alternativa é melhor.
Por exemplo, olho para a montra de uma loja num centro comercial e gosto da blusa que está no manequim que é dois números abaixo do meu.
Surge o problema: será que há uma blusa para o meu tamanho?
A menina diz que sim. Óptimo. Problema resolvido. A menina traz-me uma blusa verde e outra vermelha. Novo problema. São as duas engraçadas mas só posso levar uma. Opto pela verde sempre a pensar na vermelha. A mesma obsessão teria se escolhesse a vermelha.
Olho para o relógio. É cedo e não me apetece ir para casa. Ainda tenho tempo para ver um filme e passo pelo cinema.
Novo problema: dois filmes me agradam mas não sou ubíqua. Que maçada! A ubiquidade é que me dava jeito para algumas coisas.
Bom! Lá me decido pela comédia romântica. Problema resolvido. Quando me sento, atrás de mim comem pipocas. O som ensurdecedor abafa o diálogo do filme. Que alternativa?
Vivemos a vida toda com problemas para resolver. Temos sempre um problema entre mãos. Isto é, quando resolvemos um problema, logo a seguir temos outro para testar a nossa paciência.
Por isso aconselho: deixem-se estar com o vosso primeiro problema. Deste modo, o segundo não aparece.
Afinal, quem é que nos garante que o problema que vem a seguir é mais suave? É provável que nem haja problemas suaves e problemas difíceis. O que os torna mais isto ou menos aquilo é a nossa disposição física e mental no momento para lidar com o assunto.
Os problemas são precisos, dirão alguns de vós, servem para dar cor à vida.
Claro que sim. É que se não tivéssemos problemas para resolver viveríamos num perfeito marasmo da felicidade.
Entendo por problema uma situação que me obriga a uma escolha. Há situações que não me oferecem dúvidas mas outras há que me deixam vacilante por desconhecer até que ponto a alternativa é melhor.
Por exemplo, olho para a montra de uma loja num centro comercial e gosto da blusa que está no manequim que é dois números abaixo do meu.
Surge o problema: será que há uma blusa para o meu tamanho?
A menina diz que sim. Óptimo. Problema resolvido. A menina traz-me uma blusa verde e outra vermelha. Novo problema. São as duas engraçadas mas só posso levar uma. Opto pela verde sempre a pensar na vermelha. A mesma obsessão teria se escolhesse a vermelha.
Olho para o relógio. É cedo e não me apetece ir para casa. Ainda tenho tempo para ver um filme e passo pelo cinema.
Novo problema: dois filmes me agradam mas não sou ubíqua. Que maçada! A ubiquidade é que me dava jeito para algumas coisas.
Bom! Lá me decido pela comédia romântica. Problema resolvido. Quando me sento, atrás de mim comem pipocas. O som ensurdecedor abafa o diálogo do filme. Que alternativa?
Vivemos a vida toda com problemas para resolver. Temos sempre um problema entre mãos. Isto é, quando resolvemos um problema, logo a seguir temos outro para testar a nossa paciência.
Por isso aconselho: deixem-se estar com o vosso primeiro problema. Deste modo, o segundo não aparece.
Afinal, quem é que nos garante que o problema que vem a seguir é mais suave? É provável que nem haja problemas suaves e problemas difíceis. O que os torna mais isto ou menos aquilo é a nossa disposição física e mental no momento para lidar com o assunto.
Os problemas são precisos, dirão alguns de vós, servem para dar cor à vida.
Claro que sim. É que se não tivéssemos problemas para resolver viveríamos num perfeito marasmo da felicidade.
Leonoreta