Ex Improviso

Mínimo sou, mas quando ao Nada empresto a minha elementar realidade, o Nada é só o Resto. Reinaldo Ferreira

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Dizem que sou como o sol mas com nuvens como na Cornualha

Friday, October 26, 2007

Comportamento gera comportamento

Li um dia... quando e onde não me lembro... às vezes não leio e invento... outras vezes invento e penso que leio. Mas desta vez, tenho a certeza que li a história que vou contar num daqueles artigos curtinhos daquela revista chamada Selecções do Reader’s Digest.
Arthur Miller, comprava diariamente o jornal no mesmo quiosque. O vendedor não era propriamente um exemplo de boa comunicação e ao “bom dia” e “muito obrigado” de Miller respondia sempre com uma espécie de grunhido mal disposto.
Certo dia, Miller compra o jornal acompanhado de um amigo e este ao ver tal saudação (?) da parte do vendedor em resposta à boa disposição de Miller, faz o reparo:
- Viste como ele te respondeu?
- Ah, ele é sempre assim.- E Miller, descontraído, pára na rua com o jornal debaixo do braço a fim de acender o cigarro.
(bom. Se pára ou não, não sei, mas apeteceu-me acrescentar isto aqui)
- E tu continuas sempre a falar-lhe?- continuou o amigo de Miller
- Sim, claro. O que ele quer é que eu lhe responda na mesma moeda mas eu não lhe faço o jeito.

Em psicologia "comportamento gera comportamento". Sabendo disto, contrariamos atitudes negativa,simplesmente, ignorando-as.


Leonoreta

Friday, October 19, 2007

Vamos sentar um pouco e conversar

Já é sexta novamente? O tempo passa.

Que se passa com estes dias que não os seguro como antes em que os segundos me chegavam até para desperdiçá-los naquilo que eu achava supérfluo?

Abro a porta da loja que range sempre quando fica algum tempo fechada por falta de imaginação ou de vontade gasta do mais do mesmo.
É o tempo a mudar, o vento que me salpica de Tejo malhoco quando piso diariamente o batelão em manhãs já nocturnas.

O Viajante, a Sofiamar e o Mocho já cá deram umas pancadas na porta:

- Ei Leonoreta! ‘tás aí?

Abro a porta da loja e vejo nas gavetas o que tenho rabiscado para a publicação de sexta que me proporcionará a tertúlia dos dias seguintes: amigos que entram e se sentam à mesa comigo num cafezinho de mais uma troca de saberes feito de lembranças.

Lembro-me de Camilo, romancista de episódios a metro para o seu sustento. Ainda bem que eu não vivo de romances inventados, nem tão pouco de traduções Sartrianas que valiam à mãe da Liberdade, aquela personagem pequenina em tamanho mas grande no nome, comprar um frango para o jantar.

Nenhum episódio da escola, nenhum fragmento dela e dele, nenhum diálogo de Ana e Leonor. Estou apenas a especular o que a gripe me deixa somente para tomar um café convosco.
Leonoreta