Quem inventou o telemóvel?
Leonor procura na mala as chaves da porta do prédio onde mora. Aquela mala tem de tudo lá dentro. Aparece o casal do quarto andar que a conhece desde pequena.
- Bons dias! Tás boazinha?
- Tudo bem, obrigado!
Enquanto Leonor se entretém nos cumprimentos, enfia mais uma vez a mão na mala à procura das chaves. Aproveita a boleia dos vizinhos e entra no prédio.
- Então até logo…
E fica-se pelo primeiro andar. Os vizinhos seguem escada acima.
Não acredito! Pensa Leonor. Meu deus! Quanto tempo vou ficar aqui até que venha alguém?
Leonor senta-se na escada junto à porta. Outros vizinhos aparecem e brincam com a situação dela. Oferecem-lhe a casa para não ficar ao "relento". Leonor conhece-os a todos desde pequena mas recusa. Brincou em casa de todos eles com os respectivos filhos.
O Gil aparece cerca de meia hora depois. O semblante de Leonor ilumina-se numa alegria incandescente.
- Oh Gil! Estou aqui há meia hora. Já pensava que ia ficar a tarde toda.
- Mami… não tenho a chave. – diz-me desiludido.
Os dois sentam-se no degrau e conversam sobre o que foi o dia. O desaire não importa. Aguenta-se. Pode ser que entretanto o Guilherme chegue e os salve. De facto chegou mas também ele não tinha o objecto mágico.
- Senta aí! – disse a Leonor.
E aconchegaram-se os três no mesmo degrau, vendo as horas a passar, fazendo contas ao episódio do "Pretender" que estava a começar… que estava a dar… que estava a acabar. O Pretender mudava de identidade todos os dias e a Miss Parker não parava de persegui-lo… os três conjecturavam sobre o episódio daquele dia e relembravam cenas giras de episódios anteriores.
Até que chegou o VP e lhes abriu a porta, abanando a cabeça num silêncio reprovador em triplicado.
Quinze anos depois, Leonor procura dentro da mala a mesma boneca de prata que o pai lhe ofereceu num natal já muito longínquo e que lhe segura as chaves desde então. Pegou no telemóvel.
- Gil! Estás por perto? – e sentou-se no degrau por pouco tempo. Agora havia telemóveis.
da Leonoreta
- Bons dias! Tás boazinha?
- Tudo bem, obrigado!
Enquanto Leonor se entretém nos cumprimentos, enfia mais uma vez a mão na mala à procura das chaves. Aproveita a boleia dos vizinhos e entra no prédio.
- Então até logo…
E fica-se pelo primeiro andar. Os vizinhos seguem escada acima.
Não acredito! Pensa Leonor. Meu deus! Quanto tempo vou ficar aqui até que venha alguém?
Leonor senta-se na escada junto à porta. Outros vizinhos aparecem e brincam com a situação dela. Oferecem-lhe a casa para não ficar ao "relento". Leonor conhece-os a todos desde pequena mas recusa. Brincou em casa de todos eles com os respectivos filhos.
O Gil aparece cerca de meia hora depois. O semblante de Leonor ilumina-se numa alegria incandescente.
- Oh Gil! Estou aqui há meia hora. Já pensava que ia ficar a tarde toda.
- Mami… não tenho a chave. – diz-me desiludido.
Os dois sentam-se no degrau e conversam sobre o que foi o dia. O desaire não importa. Aguenta-se. Pode ser que entretanto o Guilherme chegue e os salve. De facto chegou mas também ele não tinha o objecto mágico.
- Senta aí! – disse a Leonor.
E aconchegaram-se os três no mesmo degrau, vendo as horas a passar, fazendo contas ao episódio do "Pretender" que estava a começar… que estava a dar… que estava a acabar. O Pretender mudava de identidade todos os dias e a Miss Parker não parava de persegui-lo… os três conjecturavam sobre o episódio daquele dia e relembravam cenas giras de episódios anteriores.
Até que chegou o VP e lhes abriu a porta, abanando a cabeça num silêncio reprovador em triplicado.
Quinze anos depois, Leonor procura dentro da mala a mesma boneca de prata que o pai lhe ofereceu num natal já muito longínquo e que lhe segura as chaves desde então. Pegou no telemóvel.
- Gil! Estás por perto? – e sentou-se no degrau por pouco tempo. Agora havia telemóveis.
da Leonoreta