Quem é esse Freud?
Tenho a mania dos parágrafos grandes. Perdão. Tinha.
Eco, tirou-me as peneiras quando a páginas tantas de Como Se Faz Uma Tese, me diz:
- Olhe, não escreva à Proust com parágrafos que nunca mais acabam. Use orações simples: sujeito, predicado e ponto final.
Detive-me a olhar para o professor, a reflectir naquilo que me estava a dizer.
- Já não estou a perceber nada. Ficaste a olhar para ele? Mas tu conheces o homem? – perguntou-me uma colega quando comentei o facto com ela. Nem respondi.
Quando abro um livro raramente o leio. Gentilmente, as frases feitas de palavras ou as palavras feitas de letras se antropomorfizam na minha frente. O autor ou a autora tomam forma humana.
Vai daí, meti mãos à obra. Revi o meu trabalho ou, como diz a minha orientadora “o nosso estudo”, de uma ponta à outra à outra. Ora bem, feitas as contas… setenta páginas… mais dez pontos finais em cada uma… deu um acrescento de setecentos pontos finais.
- Professor, veja bem o medo que já me incutiu.
- À laia de Freud, isso que se manifesta em si não é medo, é mais um complexo de Édipo latente na sua escrita. – disse-me o Umberto.
- Ah! Não me diga professor. E já agora quem é esse Freud de quem eu nunca ouvi falar dele.
Eco, tirou-me as peneiras quando a páginas tantas de Como Se Faz Uma Tese, me diz:
- Olhe, não escreva à Proust com parágrafos que nunca mais acabam. Use orações simples: sujeito, predicado e ponto final.
Detive-me a olhar para o professor, a reflectir naquilo que me estava a dizer.
- Já não estou a perceber nada. Ficaste a olhar para ele? Mas tu conheces o homem? – perguntou-me uma colega quando comentei o facto com ela. Nem respondi.
Quando abro um livro raramente o leio. Gentilmente, as frases feitas de palavras ou as palavras feitas de letras se antropomorfizam na minha frente. O autor ou a autora tomam forma humana.
Vai daí, meti mãos à obra. Revi o meu trabalho ou, como diz a minha orientadora “o nosso estudo”, de uma ponta à outra à outra. Ora bem, feitas as contas… setenta páginas… mais dez pontos finais em cada uma… deu um acrescento de setecentos pontos finais.
- Professor, veja bem o medo que já me incutiu.
- À laia de Freud, isso que se manifesta em si não é medo, é mais um complexo de Édipo latente na sua escrita. – disse-me o Umberto.
- Ah! Não me diga professor. E já agora quem é esse Freud de quem eu nunca ouvi falar dele.
Leonoreta
13 Comments:
Leonor, doce amiguinha tenho acompanhado o que escreves, tenho estado por aqui ou pelo outro lado, sou presença no que escreves e partilhas
hoje deixas-te-me a pensar...
Freud e a psicanálise
o ponto final freudiano.
a interpretação dos actos, dos sonhos...
a busca da verdade de cada um
escrever e ser pragmático
lembrei-me de Freyd assim:
"Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fossemos feitos de ferro."
para mim ele teve sempre o meu mas...
e o ponto final é um ponto apenas
passar por aqui é gratificante, porque é ler-te e sentir-te
fica o meu abraço, aquele que te toca, o que gosto de dar, com carinho e ternura, com amizade
és ma pessoa linda e eu gosto muito de ti
beijos meus
lena
Freud foi uma criatura que nunca compreendi.Mais vale assim. Já bastam as questões terra-a-terra.
Sem linguagem de Freud, só escrevo isto: é um encanto a tua escrita.
boa sorte para o teu trabalho, com a ajuda do freud, do eco, de quem tu quiseres.
beijinhos!
Que boa escrita e que maravilhoso som. É um prazer tão grande vir ao seu blogue.
Anad
Lol
Muito bom esse texto!!
O trabalho deve ter ficado uma bomba!!
Em relação ao Freud....
A descrição da Lena está muito boa, mas há quem diga simplesmente, que era um "louco um bocadinho puxadote para o ninfomaniaco"!!!
há quem diga.....
;)
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rss!
fiz o caminho por tuas palavras. em nenhum momento me senti indiferente. ora ri, ora me emocionei por demais.
grato, de coração.
Passei para te deixar beijinhos. Li o post ontem e voltarei para o comentar.
Um abraço, amiga!
Já me aconteceu frente-a-frente semelhante, é maravilhosa a sensação :)
Convinte para a minha nova morada da poesia.
Até sempre!
Posso convidar?
Espero que não se zangue..
A Editora Contra Margem e o autor convidam-no a estar presente no lançamento do livro
- Como matei o Ministro – do jornalista Carlos J. Barros. A obra vai ser apresentada por Paulino Coelho, no dia 12 de Abril (sábado) pelas 17 horas, na Lisbon AD School,Rua Dr. Nicolau de Bettencourt nº 45A, 1050 - 078 Lisboa. ( Frente ao centro de Arte Moderna – CAM – Gulbenkian)
Um beijo
:)) Gostei ...
Bj*
iv
Ops, só te posso desejar uma super tese!!!
Adorei andar aqui no teu espaço, com Freud ou não.
Jinhos
Umberto Eco acompanhou-me num primeiro percurso académico; o Freud no segundo. Com este aprendi, concordei, baralhei-me, reencontrei-me, e até lhe dei uns descontos por isto e por aquilo, e pelos tempos de antes e enfim... Mas o mais difícil mesmo, é não escrever frases longas, eheheh! :-)
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