Gato Preto e Passarinhos Azuis
3 horas da tarde. O telemóvel treme no bolso esquerdo traseiro das minhas calças. Ai como eu detesto que me telefonem enquanto estou a dar a aula. Mas porque é que as pessoas insistem?
Por motivos de consciência ainda vejo o número de quem me telefona no visor do telefone. Não conheço. Não atendo. O telefone continua a tremer. Por motivos de consciência atendo. Uma voz de homem desconhecida pergunta a confirmação do meu nome. Desconfio de uma daquelas propagandas bancárias que me querem oferecer a reforma num hotel de cinco estrelas na ilha da Madeira.
- Sim, sou eu. Mas despache-se porque estou a dar aulas e os miúdos começam já aos pulos.
- Estou a telefonar do Fórum de Almada e é para lhe dar uma boa notícia.
Ah! Querem ver?! Mudei o tom da voz. De repente fiquei simpática e afável.
- Dr. Augusto? Vai dizer-me que ganhei o 1º Prémio?
- Desta vez não foi menção honrosa, foi mesmo o 1º prémio.
Quando soube do Concurso Literário que a cidade de Almada promove de vez em quando nas modalidades de conto infantil, ficção e poesia foi, como sempre, em cima da hora, e só tive tempo de, entre a ida num pé e a vinda no outro de fazer várias cópias do trabalho escrito para o respectivo júri e entregá-las no último dia, ofegante, de mãos estendidas, à funcionária da recepção.
Por ironia e por excesso de confiança porque a conheço há vários anos de tanto entrar e sair daquele edifício, disse-lhe:
- Venho entregar o 1º prémio para o concurso literário.
- Deus queira que sim. – disse ela.
Caros amigos, penso que é a minha primeira trégua deste ano que começa. “Gato Preto e Passarinhos Azuis” é a história de uma menina que quer ser escritora e tem uma experiência directa e pessoal com as personagens da história.
Foi o vencedor. Não consigo esconder o meu contentamento e a minha imodéstia.
Leonoreta
Por motivos de consciência ainda vejo o número de quem me telefona no visor do telefone. Não conheço. Não atendo. O telefone continua a tremer. Por motivos de consciência atendo. Uma voz de homem desconhecida pergunta a confirmação do meu nome. Desconfio de uma daquelas propagandas bancárias que me querem oferecer a reforma num hotel de cinco estrelas na ilha da Madeira.
- Sim, sou eu. Mas despache-se porque estou a dar aulas e os miúdos começam já aos pulos.
- Estou a telefonar do Fórum de Almada e é para lhe dar uma boa notícia.
Ah! Querem ver?! Mudei o tom da voz. De repente fiquei simpática e afável.
- Dr. Augusto? Vai dizer-me que ganhei o 1º Prémio?
- Desta vez não foi menção honrosa, foi mesmo o 1º prémio.
Quando soube do Concurso Literário que a cidade de Almada promove de vez em quando nas modalidades de conto infantil, ficção e poesia foi, como sempre, em cima da hora, e só tive tempo de, entre a ida num pé e a vinda no outro de fazer várias cópias do trabalho escrito para o respectivo júri e entregá-las no último dia, ofegante, de mãos estendidas, à funcionária da recepção.
Por ironia e por excesso de confiança porque a conheço há vários anos de tanto entrar e sair daquele edifício, disse-lhe:
- Venho entregar o 1º prémio para o concurso literário.
- Deus queira que sim. – disse ela.
Caros amigos, penso que é a minha primeira trégua deste ano que começa. “Gato Preto e Passarinhos Azuis” é a história de uma menina que quer ser escritora e tem uma experiência directa e pessoal com as personagens da história.
Foi o vencedor. Não consigo esconder o meu contentamento e a minha imodéstia.
Leonoreta