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Mínimo sou, mas quando ao Nada empresto a minha elementar realidade, o Nada é só o Resto. Reinaldo Ferreira

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Dizem que sou como o sol mas com nuvens como na Cornualha

Saturday, May 26, 2007

Hoje falo do tempo

Maio.
Eterna discussão entre Inverno no seu tempo de ir embora e a Primavera no seu tempo de chegar. Aquele não reconhece que já cumpriu e continua. A Primavera insiste na sua função, mas sozinha.

… e passo por entre aguaceiros e ténues raios de sol com roupas leves e coloridas, enregelando e adoecendo.

Trinta e uma Primavera passadas (quinze não me conheci por gente) em desavenças temporais. Hoje falei do tempo, ora molhado, ora seco, ora ventoso, ora ameno.


Da Leonor

22 Comments:

Blogger António said...

Querida Leonor!
Um curto e metafórico post.
Um texto pessoal e comemorativo (ou rememorativo), adivinho.
Bem escrito!

Beijos meus

9:37 AM  
Blogger Isamar said...

Não posso deixar de estar de acordo contigo. O Inverno permanece, teima em deixar esta parte da terra e interiorizo-o de tal maneira que deixei transparecer para o meu post o cinzento/ negro em que me encontro. Espero que , a curto prazo, a Primavera se imponha e empurre este já longo inverno para outras bandas.
Quanto ao teu post, continuo a gostar embora haja por aqui, algumas metáforas, perífrases, hipérboles... eu sei lá. Mas que gostei, disso não tenho quaisquer dúvidas.
Beijinhos e ainda que com aguaceiros, vento, frio, agasalhada ou mal, esforça-te por viver o melhor possível.

10:54 AM  
Blogger Paula Raposo said...

O tempo!! Pois é...ontem, se estivesse muito frio parecia Dezembro! Eh eh beijos.

12:53 PM  
Anonymous Anonymous said...

Forma diferente de explicar o tempo e as estações do ano, não sem entretanto deixar bem claro a diferença de idades entre o fisico e o psicologico.

Bom fim de semana.

JMC

4:36 PM  
Anonymous Anonymous said...

Contudo, ele há um verdadeiro raio de sol, que aquece a alma.
Nas noites de sexta, nas madrugadas de sábado, ou até numa gélida tarde de feira enterrado num qualquer banco de cimento molhado. Seja Inverno ou verão, com ou sem tempestades…

4:47 PM  
Blogger Leonor said...

PARA JMC

e de facto assim é JMC. obrigado pela visita

abraço da leonoreta

6:03 PM  
Blogger Leonor said...

PARA ANONIMO

gosto de escrever a duas mãos, á semelhança de tocar num piano a quatro. por isso se me permite....

... onde até gotas de orvalho frias despertam sorrisos.

leonoreta

6:05 PM  
Blogger A.S. said...

As alterações climáticas que assolam o planeta, trazem sempre imprevistos efeitos colaterais...:)))


Um beijo querida leonor!

6:44 PM  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Leonor
Forma interessante de contar as Primaveras :) para além das alegorias...
Um beijo
Daniel

7:49 PM  
Blogger Sr. Jeremias said...

Mas sempre motivo de conversa, o tempo...

10:27 PM  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

This comment has been removed by the author.

11:46 AM  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Minha querida Leonor

Falas[me] do tempo_____eu_____deixo-te um poema de Maio

"Fácil escrever na inesperada leveza.

As mãos e as sombras numa folhagem única.
Portas acesas. Anéis ou astros.
As bocas seguem as alamedas sinuosas.

Multiplicam-se as luzes do teu vestido de ervas.
Uma cabeleira no flanco das colinas,
carícias deslumbradas, sorrisos perfumados,
linhas de um corpo, linhas de um rio frágil e
minúsculo,
corolas de veludo e barro, corolas de água.

Um gesto dissipa as letras, levanta o silêncio ágil.

Reflexos, raízes na água transparente,
monótonos caprichos de semelhanças leves.

Ao acaso libertam-se sombras mais profundas.

O olhar agora está ligado à terra.

Levanta-te entre as pedras com as pedras.

(A.Ramos Rosa)

Sendo Maio o teu mês:))

Beijos com muito carinho
BDomingo

11:48 AM  
Blogger augustoM said...

Eterna discussão, diria antes grande confusão, onde o tempo teima em não ser o que era nem ser o queremos que seja. Na minha juventude, o Maio não era tempo de praia, nem solarengo, primava por grandes e prolongados trovoadas, onde o céu carregado de tons avermelhados era rasgado por poderosos raios como de luzes de arribalta se tratassem, os estrondos enormes, de fazer tremer tudo e todos, que ribombavam pelas nuvens, eram a precursão dessa expressão artística da Natureza.
Um beijo. Augusto

9:04 PM  
Blogger Pepe Luigi said...

Leonor,
Que delícia este teu pequeno texto.
Consegues com tão poucas palavras férteis inundar o imaginário das pessoas!
Parabéns, pelo teu bonito blog.

Bjs.

10:47 PM  
Blogger augustoM said...

Leonor
Todos temos o nosso tempo, a idade dele não conta, mas o melhor recordamos dele.
Um beijo. Augusto

11:32 PM  
Blogger deep said...

...renovar na aparência sempre igual de um tempo único...entre as margens corre apenas o presente... um abraço e gostei muito

11:17 AM  
Blogger mixtu said...

o tempo... e se ele fosse sempre primavera... bem era capaz de não ter piada e não nos fazer crescer
abrazo europeu

2:26 PM  
Blogger Mocho Falante said...

Brilhante...tu fazes-me lembrar muito aquelas pessoas a quem dizemos uma palavra ou uma frase e de repente com elas conseguem desenvolver um conto de pasmar...tu és assim

beijocas

8:12 PM  
Blogger Cusco said...

Olá! Obrigado pela tua visita e simpático comentário nas minhas Viagens.
Trinta e tantas Primaveras depois, resolvi escrever o texto que leste.
Foi um texto difícil de escrever porque foi um texto real.Um texto em que as palavras me choveram da alma… O Velho Autocarro citado partia do largo da Igreja de S.Romão, e quem sabe, talvez a tua avó por vezes tivesse ido ao meu lado até Faro….
Um beijo!

9:54 AM  
Blogger mixtu said...

nas voltas do tempo...
abrazo

12:47 PM  
Blogger o alquimista said...

Não queres vir até aqui à ilha, ias te divertir...Há dis em que faz as 4 estações...


Doce beijo

3:38 PM  
Blogger lena said...

Leonor, minha doce amiginha

leio, leio e chego sempre ao mesmo,

não me lembro do tempo, lembro-me que existem primaveras, as dos outros, esqueci-me das minhas

o tempo tem o tempo que lhe quisermos dar. parei o meu...

um doce e terno beijo, esta tua partilha em uma mensagem especial

abraço-te nesse teu tempo

lena

11:27 AM  

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