Fragmentos dela, dele e às vezes dos outros (4)
Quando ela chegou ele já lá estava à espera mas fez que não o viu.
- Olá- disse ele.
Ela virou a cabeça na sua direcção. Fingiu surpresa.
- Olá – disse ela.
Andaram pelas tábuas de madeira até ao cimo da duna até avistarem o mar. Dia frio de Inverno, de céu azul limpo de nuvens. Os raios de sol animavam a tarde e as almas que se conheciam desde sempre.
- Não é formidável estar aqui a ver o mar? – perguntou ele.
- É. – respondeu ela.
A espuma das ondas enrolavam na areia. Lembrou-se da canção.
- Tiveste saudades?- perguntou ele
- Faz um ano. Já não me lembrava de nada.
- Eu lembrava-me de tudo.
Também ela. Lembrava tudo ao pormenor. Mas fingiu não se lembrar.
da Leonor
- Olá- disse ele.
Ela virou a cabeça na sua direcção. Fingiu surpresa.
- Olá – disse ela.
Andaram pelas tábuas de madeira até ao cimo da duna até avistarem o mar. Dia frio de Inverno, de céu azul limpo de nuvens. Os raios de sol animavam a tarde e as almas que se conheciam desde sempre.
- Não é formidável estar aqui a ver o mar? – perguntou ele.
- É. – respondeu ela.
A espuma das ondas enrolavam na areia. Lembrou-se da canção.
- Tiveste saudades?- perguntou ele
- Faz um ano. Já não me lembrava de nada.
- Eu lembrava-me de tudo.
Também ela. Lembrava tudo ao pormenor. Mas fingiu não se lembrar.
da Leonor
22 Comments:
Querida Leonor!
Mais um reencontro.
Desta vez não houve despedida.
Ou terá havido?
Pela resposta que ela deu...acho que houve.
Querida amiga!
Andas em maré de reencontros.
Tu ou as personagens que tu inventas.
Gostei de te ler e do reencontro.
Beijinhos
Elas são muito mais subtis. Que bom.
Leonor,
Os seus contos têm o previlégio de me fazer meditar, tal como um flasch capta o momento.
É encantador o seu poder descritivo na narrativa.
Obrigado por ter visitado o meu sinestesia-crepuscular.
Um beijinho
do Pepe.
Fragmentos de vida! De vidas! Ele, embevecido, chamou por ela. Ela , que fingiu não o ter visto, ficou feliz, sem que o tivesse dado a entender. E encaminharam-se na direcção do mar.Uma paixão! Aí, onde dois amantes se beijam eternamente, a areia e o mar, eles entraram em maré de recordações. E não se separaram mais.Foram beijos,foram abraços,foram frases saídas do coração, ditadas pelos olhos...frases que valem por mil palavras.
Há silêncios que dizem tanto!
Gosto destes fragmentos, querida Leonor.Continua! Tens leitora! Do Sul!
Beijinhos
Olá Leonoretta!
O que os sentimentos fazem! Tememo-los, calamo-los, tentamos ignorá-los, como se isso fosse possivel...
Como são determinantes os sentimentos na nossa vida e como são dificeis de gerir. Como nos "tramam" a vida e como lhe dão sentido! Como nos fazem recorrer às nossas competencias mais escondidas para os manifestar ou para os calar.
É tão intimo, tão nosso, que nunca imaginamos que alguem consiga abarcar a sua verdadeira dimensão.
E ficamos (muitas vezes) na expectativa que nos adivinhem rssss.
Bom fim de semana e beijinhos
Ana Joana
Querida Leonor!
Nesta cinzenta manhã de mais um sábado que se prevê igual a tantos outros (e sem acidentes eléctricos), venho agradecer o teu comentário ao meu texto do elecricista e da ninfomaníaca.
Eu não o disse mas ela era mesmo...
Beijinhos
Ola Leonor
Vim dar uma espreitadela no teu blog, vim ler-te um pouco e aproveitar para aprender maisum pouco, não somente das lições da vida e de encontros que ou inventas quiça revives!Quem o sabe? -Talvez os que assiduamente tem veem ler e que ja dvem saber de cor e salteado o que aqui nos dás o prazer de ler.
Sabes amiga, devia de ter sido teu aluno, teria mesmo aprendido a escrever Português com melhor qualidade, mas a Palmirinha, professora primária, minha primeira. Não se esforçou muito, as que se seguiram não tinham um blog para o poder ler e entender o quanto é importante a arte de bem escrever e o conhecimento literário, para que possamos nos exprimir como se estivessemos contando uma história! A da nossa vida, talvez! Sabes amiga?
Por vezes ja sinto saudade dos teus comentários no meu esfumou-se onde tinha a hist´ria da minha primeira namorada... E agora! Agora passado ano e meio esou vivendo de novo algo parecido, a vida muda e dá tanta volta. Descobri que afinal não me esqueci de que ainda existe o romantico em mim! e nem me perguntes sequer porque te conto.
Talvez por um dia ter valorizado imenso quando o comentario era da Leonoreta, A senhora professora! Sei lá! Mas sei que é e será sempre bom ler-te.
Deixo o desejo de um bom fim de semana.
Beijo
O mar enrola na areia,
ninguém sabe o que ele diz,
bate na areia e desmaia
porque se sente feliz.
Mar.
As mulheres realmente fazem muito para agradar os outros... e conseguem sempre!
Temos aqui, um inesperado, esperado encontro, entre duas Almas 'aquecidas', pelas restias de Sol, desse dia de Inverno em que juntos como algumas vezes fizeram em tempos idos, contemplaram o mar, sempre igual, sempre diferente como qualquer espirito humano.
São naturalmente distantes, foram porventura muito proximos, pode ser que, como não houve despedida, o proximo encontro seja mais natural do que o aqui retratado.
Bom fim de semana
JMC
Sintético. Como eu gosto. Só que assim, o resultado é nil-nil. Se é que se pretende algum resultado...bom fim de semana.
O tempo passa a correr, mas não o suficiente para apagar a memória.
As mulheres sem dúvida, são muito mais subtis.
Um beijo. Augusto
Querida Leonor
Não serão precisas muitas palavras parate dizer____que adoro ler-te.
...)Muitas das vezes nós pedimos emprestado
aos nossos amanhãs
o que devemos aos nossos ontens________residentes da nossa memória
Beijinhos com muito carinho
BDomingo
Olá, amiga Leonor!
Mais um excelente fragmento que nos deixas!
Sempre gostei da forma escreves, não é novidade para ti!
As reacções dos protagonistas do texto tem muito a ver com a sensibilidade e forma de estar na vida.
Por vezes omitir certas lembranças públicamente, significa reavivá-las interiormente.
Como sempre, um grande beijinho!
Leonor, menina linda,
mais um dos "Fragmentos" que nos chegam com reencontros
adoro ler-te, tens sempre algo que me surpreende, devido a tua forma de estar perante a escrita
hoje não importa a despedida, ela chegou como se fosse lhe fosse indiferente e esteve assim o momento todo
acredita eu era que pergunta: - "Não é formidável estar aqui a ver o mar? "
perante ele "o mar" não conseguía ficar indiferente e assistia deslumbrada, como a primeira vez ao doce bailar das gaivotas, enquanto enterrava os pés na areia...
um jogo de defesa, este, muito bem narrado
o resto fica na imaginação...
abraço-te com ternura, querida Leonor, beijinhos muitos
lena
Fingiu não se lembrar e também teve saudades.
Este "Fragmento" fez-me ganhar coragem para ler os outros "Fragmentos" e daqui ler os teus posts que tenho deixado um pouco ao abandono.
Fragmentos são pedaços de tempo passados e que trazem sempre recordações... conseguiste fazer-me recuar ao passado... e que coisas boas descobri! E senti! E sorri, ao recordá-los.
Continuas a ser, Leonor, aquela escritora que consegue transmitir as sensações, as vivências... e com que carinho!
Um abraço
JG
mmm.... pois... pois.... :) e sou eu a meditar, porque imagino e sei...
Um beijo
Daniel
é o eterno segredo feminino, ou não quer dizer sim, o não quero quer dizer quero...enfim mistérios da natureza
beijocas
Querida Leonor!
Obrigado pelo teu comentário ao meu post "A ruiva e o namorado".
Queres ser ruiva?
É fácil!
Vais ao cabeleireiro e pintas à maneira!
ah ah ah
Volta sempre!
Beijinhos
Pois!
Morena burra!!!!
ah ah ah
Já sabes mais do que aquilo que eu te ensinei.
Beijinhos
Rio, barco e mar são espaços que pronunciam muitas vezes o seu nome, Leonor, quando páro par os ouvir, graçss às suas histórias...
Até sempre
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