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Mínimo sou, mas quando ao Nada empresto a minha elementar realidade, o Nada é só o Resto. Reinaldo Ferreira

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Dizem que sou como o sol mas com nuvens como na Cornualha

Thursday, July 17, 2008

A pé pela estrada preta

Na sequência do post anterior venho dar conta dos resultados obtidos com o “se bem pensei… melhor seria não o ter feito”.

Ah pois!

Experimentar a mota de duzentos kilos esteve sempre fora de questão. Conheço as minhas limitações.
Mas a Scootter… porque não?!

Duas rodas movidas a força motorizada não são duas rodas movidas a força “pernil”. Quero dizer que uma mota por mais pequena que seja não é bem uma bicicleta.
Os movimentos são todos diferentes.
Além disso, se há motor, há pedais. Se não há pedais, há alavancas.
Num automóvel, por exemplo: vejam bem o que temos de fazer ao mesmo tempo. Um pé para a embraiagem e outro para o acelerador e para o travão. A mão esquerda segura no volante, a direita coloca as mudanças e ainda por cima, temos de estar com “um olho no burro e outro no cigano”, olhando em frente, para os lados e para trás.

Até parece que sou má condutora de automóveis mas na verdade não sou. E já que até conduzo bem um automóvel e a bicicleta, porque não experimentar uma motinha?

Aquilo é complicado. Uma mão para acelerar, outra para travar. Dá-se um cheirinho no acelerador e o veiculo até voa. Voar numa motoreta não é bem o meu objectivo. Se eu quisesse voar pedia emprestado ao Aladin o seu tapete.

Aquilo não parava. Nem me lembrei que era a mão esquerda que travava, em parceria com a mão direita que deixava de acelerar.
Quis sair da mota. Não sei se me atirei para o lado por iniciativa própria. Não me lembro.

Levantei-me completamente arranhada.
Um sonho por água abaixo. Se é que os sonhos se afogam.
Leonoreta já não vai pela estrada preta. Vai para a fonte a pé, nada formosa e muito insegura.
Leonoreta

12 Comments:

Blogger José Manuel Dias said...

Escrita deliciosa.
Bjs

11:03 PM  
Anonymous Anonymous said...

Eu também sempre tive uma paixão pelas 2 rodas e um motor e sempre me disseram que era uma excelente pendura nas "motas de pista", mas como sou uma medricas e tenho um medo imenso de me magoar, o sonho de ser a protagonista dos acontecimentos fica sempre nos meus sonhos. Mas um dia...

2:21 PM  
Blogger Alda Serras said...

Há que voltar a tentar, Leonoreta! Levantar, sacudir o pó e "dominar o bicho". Agora que já sabes como usar as mãos...

3:46 PM  
Blogger Manuel Veiga said...

pois. isto de scooters sem pendura é no que dá. tiveste sorte. não partiste a bilha (da fonte) tudo ficou por uns arranhõeszitos..

beijo

11:30 PM  
Blogger saltapocinhas said...

e vais desistir assim??

(fala uma corajosa, que nem pendura quer ser, apesar de me andarem sempre a desafiar!!)

5:05 PM  
Blogger Vanda said...

Oh Leonor!

está mais que visto: riscaste os cromados :)

Mas pelo teu sentido de humor...adivinho aí a busca de um outro qualquer sonho?

Uma moto4... queres ver? :)

Beijinhos sua ex futura motoqueira :)

3:54 PM  
Blogger Alda Serras said...

(Obrigada pela "descoberta";) Só para avisar que me mudei: www.coisasdoportugues.wordpress.com

Aguardo novas visitas.)

6:34 PM  
Blogger encena_dor said...

Não quer conhecer o meu blog? Por lá os sonhos são, como direi... mais "cor de rosa"...

8:49 PM  
Blogger Zé-Viajante said...

Sobre a máquina e as esculturas, está lá a resposta....

7:24 AM  
Blogger Zé-Viajante said...

E aqui. Leonor. é melhor que não te aventures muito.
A saúde e o bem-estar em primeiro lugar.
Abraço.

7:28 AM  
Blogger Heduardo Kiesse said...

adorei-te!!!

11:41 AM  
Blogger Isamar said...

Nada de precipitações Leonoreta. Há quem goste de andar de lambreta mas não é nada agradável fazer uma pirueta. Arranhada mas inteira. Valha-te isso, amiga!
Põe a motinha descansada e volta ao automóvel.

Beijinhos

7:43 PM  

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