Maio, Maduro Maio
Maio maduro Maio
Quem te pintou
Quem te quebrou o encanto
Nunca te amou
Raiava o Sol já no Sul
E uma falua vinha
Lá de Istambul
Sempre depois da sesta
Chamando as flores
Era o dia da festa
Maio de amores
Era o dia de cantar
E uma falua andava
Ao longe a vararMaio com meu amigo
Quem dera já
Sempre depois do trigo
Se cantará
Qu'importa a fúria do mar
Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar
Numa rua comprida
El-rei pastor
Vende o soro da vida
Que mata a dor
Venham ver, Maio nasceu
Que a voz não te esmoreça
A turba rompeu
de Zeca Afonso
posted by Leonor | 8:56 AM
16 Comments:
Querida Leonor
E aqui se juntam 3 belezas...
Um beijo
Daniel
Lá vou eu ter de pôr o CD a tocar...
Já faz algum tempo que não oiço Zeca Afonso(ADORO), aliás tu só tens boas ideias! Lá terei que pôr o CD a tocar, tal e qual a Saltapocinhas :-)
Tem que ser!!!
Beijos grandes
As canções de José Afonso tornaram-se hinos e bandeiras da parte mais consciente e generosa de uma geração. Não me esqueço das canções que tenho em discos de "vinil", os antigos LP's...
Zeca Afonso,um compositor de música de intervenção...
"Que a voz não te esmoreça
Vamos lutar"
...é preciso mesmo comentar?
Eu estou no outro lado da margem da saltapocinhas e da betty, ando a ouvi-lo desde o 25 de Abril...
Bolas que não arranjo palavras para comentar ou a canção, ou o próprio autor.
Enfim, um beijinho e obrigado por esta homenagem ao nosso Zeca Afonso
Leonor, Zéca Afonso é sempre uma boa escolha.
Um abraço. Augusto
Leonor, não posso e nem devo comentar o teu post. Zeca foi o companheiro e o amigo nesta viagem. Zeca foi um símbolo da minha geração que tento transmitir aos vindouros.
Deixo-te com o fragmento de um texto poético de uma Noite em que o homenageamos:
"(...)
Cantou para ricos, cantou para pobres e sempre no mesmo tom. Cantou para galegos, cantou para bascos, cantou para flamengos, cantou para sul-americanos, cantou para índios, cantou para negros, cantou para cabo-verdeanos, cantou, cantou sempre, até que a doença lhe amarrou a voz e aos poucos lhe roubou a vida. 'Fui cantor porque deixei de ser professor e finalmente sou coisa nenhuma porque deixei de ser cantor'.
Sem clamar vingança contra os que, no crepúsculo da sua vida, o apunhalaram na praça do silêncio e do egoísmo, tal como os irmãos Vicários cobardemente apunhalaram Santiago Nazara à porta de sua mãe Plácida Linero, às 3 da madrugada, numa cama anónima do hospital de Setúbal, morreu o Zeca Afonso.(...)- 25/2/94"
Obrigado Leonor, obrigado a todos os teus amigos que se lembraram da sua voz e da sua pessoa.
Zeca Afonso, grande cantor... ;)
Daniel
não percebi as três belezas...
Carlos
Por acaso não gosto muito dos Madredeus pelo tom melancólico que transportam mas reconheço a sua imensa qualidade.
Mas concordo, Esta canção cantada pela Teresa deve ser fabulosa. nunca ouvi.
saltapocinhas
é irresítivel. O Zeca, o Fausto, o Sérgio... tudo bom.
ah Betty
beijinho grande para ti
Filipe
É. podemos dizer que Zeca é específico de uma certa geração. contudo tenho colegas bem mais novas que eu que o conheçem bem e ainda bem.
colibri
as tuas palavras confirmam o que eu acabei de responder ao filipe.ainda bem que gostas.
augusto
o Zeca e outros tantos. a nossa música portuguesa é o máximo.
José
obrigado pelo texto. enriqueceste o Eximproviso e todas as palavras são poucas para homenagear este poeta da nossa música.
"Pureza de poema, pureza de música, pureza de voz"
Escreveu Bernardo Santareno num dos LP´s do Zeca Afonso.
Tenho uma história curiosa sobre o seu talento que um dia hei-de colocar no meu blog.
Jinhos
Jlbm
grande cantor mesmo, compositor de músicas e de letreas.
António
então não te demores a publicar a história.
agora fiquei curiosa.
Pedro
Tentarei no futuro mais momentos destes
obrigado pela visita
Maio, maduro Maio,
Quem te perdeu...
A história a que me referi já está no blog.
Estás a ver como me inspiras?
eh eh eh
Jinhos
Foi no álbum "traz outro amigo também" que o Bernardo Santareno escreveu um texto que incluia aquele naco que citei de cor.
Jinhos
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