Saudade
O conteúdo da palavra saudade é tipicamente português pela grande carga afectiva que transporta.
O nosso mar, é em grande parte, o grande responsável por essa mágoa sentida pela ausência do ente querido.
Por outro lado, os portugueses também são maviosos e afeiçoados.
Ondas do Mar de Vigo
Se vistes meu amigo!
e, ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do Mar levado
se vistes meu amado!
e, ai Deus se verrá cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!
e, ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amado
por que ei gran cuidado!
E, ai Deus, se verrá cedo!
Martim Codax
O nosso mar, é em grande parte, o grande responsável por essa mágoa sentida pela ausência do ente querido.
Por outro lado, os portugueses também são maviosos e afeiçoados.
Ondas do Mar de Vigo
Se vistes meu amigo!
e, ai Deus, se verrá cedo!
Ondas do Mar levado
se vistes meu amado!
e, ai Deus se verrá cedo!
Se vistes meu amigo,
o por que eu sospiro!
e, ai Deus, se verrá cedo!
Se vistes meu amado
por que ei gran cuidado!
E, ai Deus, se verrá cedo!
Martim Codax
14 Comments:
A ausência, a maior das saudades, também pode abranger quem está junto de nós.
Do poeta vivo Joaquim Pessoa, «Os Olhos de Isa», Litexa, s/l, 1982,pp.56-57:
«Se tu morresses hoje, nada seria diferente./Os poetas cantariam como sempre a noite bêbeda de sangue/ por onde os vagabundos caminham de mãos vazias em silêncio./De novo as aves levantariam vôo/ para construir os ninhos sobre as rochas ou as cerejeiras/ e entoariam o canto azul da primavera/ sem que isso fosse um requiem por ti.// Oh, se tu morresses hoje, nada mudaria./ Nem a cor das laranjas, nem os dedos do trigo, nem a boca da água./ Não choveria sangue. Não apodreceriam estrelas nos valados, / não acordaria a manhã no leito dos rios, / nem um só crime deixaria de o ser.// Sim, se tu morresses hoje, nada se alterava./ O vento continuaria o seu caminho solitário/ e o mar voltaria a ajoelhar-se aos pés brancos das baías/ ou a enfurecer-se nas costas escarpadas./ As andorinhas manteriam o luto/ e o verde seria ainda a cor das florestas.// Se tu morresses hoje, meu amor,/ eu esperaria por ti como te espero,/ fingiria como agora que todos os minutos nos pertencem,/ continuaria exactamente assim a minha solidão,/ o canto inicial dessa mulher ausente/ que eu procuro/
e amo.»
Aqui estou em visita ao teu espaço! "Saudade" é uma palavra muito nossa apesar de os Alemães a compararem à sua "Sehnsucht"! :) Obrigada pelos teus LINDOS presentes deixados no meu "canto" ! BOM Domingo..** M.P.
Oh Dulcineia... que bom termo-nos conhecido há quase uma década, meu deus como o tempo passa, e que bom nunca nos termos perdido de vista. Joaquim Pessoa... a escolha acertada.
Para a M. P... grata, muito grata pela tua visita que esperoa ser assídua.
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PARABÉNS!... conseguiste finalmente o teu (Cantinho Especial) irei voltar muitas vezes.
Um beijo
Betty
Olá! Obrigada pela visita ao meu blog. E boa sorte para o teu que ao que me apercebi está agora a começar... Eu também sou professora do 1.º ciclo, se calhar foi por causa disso que escolhi o nome "fábulas" para o meu blog... temos de trocar umas ideias! Beijinhos.
Olá minha flor linda:
Parabéns pelo esforço teu e pelas caneladas que me deste. Está muito bonito e com muito bom gosto.
beijo grande
VP
Em Lixboa sobre lo mar
barcas novas mandei lavrar,
ay mia senhor velida!
Em Lisboa sobre lo lez
barcas novas mandei fazer,
ay mia senhor velida!
Barcas novas mandei lavrar
e no mar as mandei deitar,
ay mia senhor velida!
Barcas novas mandei fazer
e no mar as mandei meter,
ay mia senhor velida!
de: João Zorro
saudade, que palavra mais "poderosa" ...
( e já agora: adoro leonor :)
Gostaria de te deixar qualquer coisa útil...
Gostei do aspecto do blog mas hoje não tenho cabeça para dizer alguma coisa de jeito.
Tens o teu cantinho e vários amigos à tua volta...
E isso é bom!
Dominas a técnica, já inseres fotos...
E isso é bom!
ResistirDobrar na boca o frio da espora
Calcar o passo sobre lume
Abrir o pão a golpes de machado
Soltar pelo flanco os cavalos do espanto
Fazer do corpo um barco e navegar a pedra
Regressar devagar ao corpo morno
Beber um outro vinho pisado por um astro
Possuir o fogo ruivo sob a própria casa
numa chama de flechas ao redor.
Joaquim Pessoa
"Paiol de Pólen"
Um abraço, amiga
Ainda ontem lançei ao vento o Ex Improviso, onde será tudo de improviso, e já tenho esta recepção tão amistosa da parte de gente que já conhecia e de gente que acabei de conhecer. Subi ao céu e estou a saltar de nuvem em nuvem.
Para a Betty um beijinho...
Saltapocinhas, que bom já termos qualquer coisa que nos une: a escola...
Amigateatro, olá, visitei o teu blog por me teres escrito e digo que gostei imenso...
Vi, surpreendes-me todos os dias...
José, obrigado pela força e pelo poema de Joaquim Pessoa que veio enriquecer o fio orientador do meu "canto".
Bem, fiquei mesmo preso a este blog. Vou "morar" aqui de quando em vez, para me limpar da "sujidade" mental que tenho de suportar tantas e tantas vezes... Aqui há arejamento, ideias, concorde-se ou não, "viajamos" através de imagens de uma clarividência e composição, bem atraentes e vivas, mas sobretudo sem poluição. Com comentários à altura (menos os meus, claro...) isto aqui tem bom ambiente. Mais uma vez obrigada menina, Ricky
ps. quero mais...
Passei num rápido para te desejar um BOM fm de semana! :)**
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This is very interesting site... » » »
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